segunda-feira, 23 de março de 2015

Presente para a Madrinha


Olá Olá!

Para o aniversário da minha madrinha não sabia o que haveria de dar-lhe pois ela nunca pede nada, e gosta apenas de lembranças, nada de espalhafatoso.

Andava no shopping e vi umas canecas que diziam "Para uso exclusivo de uma super madrinha". Achei super giro/legal, mas pediram-me untre 45 a 50 Reais (cerca de 15 euros). Achei muito dinheiro para dar por uma caneca.

Decidi pesquisar gráficas e lá fui eu para mandar escrever o texto na caneca. Como há sempre uma complicação em qualquer coisa nos serviços aqui em Brasília, o senhor disse que era 25 Reais para colocar uma frase ou foto na caneca. pensei que era bem bom pois era metade do que tinha visto, eis senão quando o senhor me diz que eu tenho que lhe passar o texto já escrito, pois se tiver que ser ele a escrever o texto terá que me cobrar mais 25 Reais pela "Arte". Achei ridículo, tentei explicar que era só ir ao word e escrever umas palavrinhas. Ele não cedeu e eu recusei-me a dar 25 Reais pela caneca e mais 25 Reais para ele me escrever 7 palavras no word.

Cheguei a casa nesse dia e decidi fazer eu "A Arte". Ate consegui umas coisinhas bonitas e com ajuda das amigas decidi por uma.

No dia seguinte, por coincidência uma colega  minha comentou que tinha mandado fazer canecas e que conseguia um lugar onde me fariam o que eu queria por 14 Reais. Assim foi.

Gostei bastante do resultado.

Uma prenda simples, mas acho que é uma boa lembrança.

Ficou assim:


Bjocas,

Floripa Alentejana

quinta-feira, 19 de março de 2015

Comentários ao "Run or Dye"


Olá Olá!

Finalmente fui a esta corrida :)

Teve os seus pontos positivos e negativos, como tudo, mas de forma geral diverti-me e um dia quero voltar.

Como pontos negativos indico o facto de ocorrer num local sem transportes públicos, pelo menos que eu saiba, o horário (8h de um domingo) e ter durado pouco. Acho que este último se deveu ao facto de ter tido pouca gente o que me parece que se deveu a um conjunto dos pontos negativos anteriores e de estar também agendada para esse dia uma Manifestação contra a corrupção no Brasil, que juntou muita gente.

Como pontos positivos temos a animação do pessoal, incluíram aquecimentos, aulas de zumba, os grupos em cada ponto de cor estavam divertidos, os pós coloridos eram bem vivos mas não ardiam nem tinham sabor desagradável, estavam perfeitamente adequados, havia fotógrafos em muitas posições, havia pontos de hidratação com água (faltou uma frutinha, usual em corridas).

No final houve a junção de todos os concorrentes com música, dança, diversão e  muitas explosões de cores, espetaculares de se ver (pena as fotos terem má qualidade).

Foi muito divertido :)






Bjocas,

Floripa Alentejana

sexta-feira, 13 de março de 2015

Pensamentos egoístas


Olá Olá!

De forma geral considero-me uma boa pessoa, que deseja o bem, gosto ver as pessoas ser sucedidas e felizes.

Mas, há sempre um mas, há dias, em que vejo pequenas coisas, momentos, que costumavam ser meus e que dada a minha ausência, continuam a existir, mas sem mim...

Vejo que as pessoas continuam a sua vida, como é normal de acontecer, mas às vezes, quando sei de momentos onde em tempos eu estaria, dá aquela pontinha de tristeza e sentimento de "Não faço falta". Sei que é um pensamento egoísta, que é normal que tudo continue mesmo sem mim, que tanto a minha família como amigos não notem já  tanto a minha falta, mas às vezes fico triste.

Portugal é o meu cantinho, o lugar onde imagino que a vida estará à minha espera, como era, mas sei que isso não é real, a vida continua, tanto aqui como lá...

E pronto é isto.

Acho que estes dias de chuva despertam a melancolia...

Bjocas,

Floripa Alentejana

quarta-feira, 11 de março de 2015

Run or Dye

Olá Olá!

No próximo dia 15 acontece o "Run or Dye".

É um conceito que se tem multiplicado, de corridas ou festas com o ponto principal sendo as cores.


Estes eventos têm por base o Holi Festival na Índia, onde o conceito surgiu.

Ainda em Portugal cheguei a inscrever-me para participar nem mas tive que me vir embora e a minha equipa foi sem mim.

Espero que finalmente agora consiga participar. Acho que deve ser muito engraçado e divertido correr e dançar no meio de um ar colorido.

Participem!

Em Brasília é já no dia 15 de Março.

Bjocas,

Floripa Alentejana

terça-feira, 10 de março de 2015

Expressões portuguesas engraçadas


Olá Olá!

Podem ver aqui o divertido artigo que traduz para inglês as mais peculiares expressões portuguesas e conta o seu significado. Reproduzo em seguida a lista:

1. A Portuguese does not ‘give up,’ he ‘takes his little horse away from the rain.’ (Tirar o cavalinho da chuva.)
2. A Portuguese does not ‘have a problem,’ he ‘is done to the beef.’ (Estou feito ao bife!)
3. A Portuguese does not want you ‘to leave him alone,’ he wants you to ‘bother Camões.’ (Vai chatear o Camões.)
4. A Portuguese does not ’cause problems,’ he ‘breaks all the dishes.’ (Partir a loiça toda.)
5. For a Portuguese, you are not ‘sexy,’ you are ‘as good as corn.’ (Boa como o milho.)
6. A Portuguese does not ‘work a lot,’ he ‘gets water up his beard. (Água pela barba.)
7. A Portuguese does not ‘talk about the same thing over and over again,’ he ‘turns the record and plays the same song’. (Gira o disco e toca o mesmo.)
8. A Portuguese does not do something ‘to show off,’ he does it ‘so the English can see it.’ (Para inglês ver.)
9. A Portuguese is not ‘shameless,’ he has ‘a rotten face.’ (Cara podre) Or he ‘has a lot of cans’. (Ter muita lata.)
10. A Portuguese does not just ‘shut up and listen to things he does not like,’ he ‘swallows frogs.’ (Engolir sapos.)
11. A Portuguese does not tell you to ‘piss off,’ he tells you ‘to go to the place where Judas lost his boots.’ (Onde Judas perdeu as botas.) Or, he will tell you to ‘go away and comb monkeys’. (Vai pentear macacos.)
12. A Portuguese does not ‘wake up angry,’ he ‘wakes up with his feet outside’. (Com os pés de fora.)
13. A Portuguese is not ‘upset,’ he is ‘with olive oil’. (Estar com os azeites.)
14. A Portuguese is not ‘experienced’, he has ‘spent many years turning chickens’ (São muitos anos a virar frangos.)
15. A Portuguese does not ‘think you have strange ideas,’ he ‘thinks you have little monkeys inside your head’. (Ter macaquinhos na cabeça.)
16. For a Portuguese, something is not ‘really simple,’ it is ‘bread to bread and cheese to cheese’. (Pão, pão, queijo, queijo.v)
17. A Portuguese does not ‘die,’ he ‘goes from this one to a better one.’ (Ir desta para melhor.) Or, he ‘goes off with the pigs’. (Ir com os porcos.)
18. A Portuguese does not ‘feel suspicious,’ he ‘has a flea behind his ear’. (Estar com a pulga atrás da orelha.)
19. A Portuguese is not ‘worry free,’ he ‘is sitting under banana tree’. (Estar a sombra da bananeira.)
20. A Portuguese is not ‘clumsy,’ he ‘looks like a silly cockroach’. (Barata tonta.

Achei muito divertido. realmente temos com cada expressão, lol.
Bjocas,
Floripa Alentejana

domingo, 8 de março de 2015

Não se encontra o que se procura


Olá Olá!

Foi este o livro que terminei de ler agora.


Foi-me emprestado por uma portuguesa que vive no Rio de Janeiro e que quando soube onde vivo falou logo dele, dadas as suas referências à Catedral de Brasília. Fiquei curiosa e pedi emprestado.

Não posso dizer que gostei, mas também não posso dizer o oposto. Fico meio apática, o que não considero a sensação ideal depois de ler um livro.

Gostei de algumas descrições das viagens, de imaginar-me nessa posição, gostei das referências a sua mãe, a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, mas não gostei de certas banalidades, ás vezes com seu toque de arrogância, referidas na parte em que o livro é como que um diário e também achei que os relatos históricos eram dispensáveise desenquadrados do contexto

Enfim, é só a minha opinião. Tinha ficado com a mesma sensação de apatia quando li "Sul", também de Miguel Sousa Tavares.

Acho que isto não me atrai na direção deste autor nos próximos tempos.

Agora segue-se "A jangada de pedra" de José Saramago.

Bjocas,

Floripa Alentejana

sexta-feira, 6 de março de 2015

BONÉ


Olá Olá!

Já disse que adoro José Luís Peixoto?

Gosto muito.

Por tudo e mais um pouco por isto:

BONÉ
"Na loja, julguei que estava perante uma oportunidade. Com esse entusiasmo, levei-o à caixa e paguei-o. Diante de todas as vantagens que propunha, pareceu-me barato.
É raro colocar um chapéu na cabeça sem me sentir ridículo, mas não foi essa a impressão que tive com aquele boné. Achei-o confortável e, sem exagerar, acreditei que eu era aquela pessoa ou, pelo menos, aquela era a pessoa que eu queria ser. Quando cheguei a casa, no entanto, comecei a duvidar.
Nunca vi um escritor com um boné como aquele. Depois de muita reflexão, inclino-me a concluir que nunca houve um escritor que usasse um boné como aquele. Quem sou eu para achar que posso fazer o que nenhum outro fez? Se eles, tantos e tantos, durante séculos, tomaram a decisão unânime de não usar um boné como aquele, algum motivo sólido os terá apoiado. Quem sou eu para contrariar essa sabedoria acumulada?
É permitida a publicidade. O poeta Alexandre O'Neill fez alguns slogans muito conhecidos, que não estou a conseguir lembrar agora, e o Fernando Pessoa também teve qualquer coisa a ver com essa área. O álcool é permitido: Faulkner, Carver, Hemingway, Capote, Scott Fitzgerald, citando apenas alguns exemplos americanos.
O boné não é extravagante. A questão não é essa. A extravagância é permitida. Dentro de certos parâmetros, a extravagância é uma qualidade apreciada, necessária mesmo, faltariam páginas aqui para citar todos os grandes exemplos.

Agora, culpo a música da loja, a baralhar-me o discernimento, culpo a fraca iluminação, certamente propositada, e culpo o pequeno espelho em que me pude ver. O boné está ali, sobre a mesa, e não consigo saber como cheguei a achar que um escritor poderia usá-lo. Camilo, Eça, Torga ou Saramago com um boné como aquele seriam uma caricatura de si próprios. Peço humildes desculpas por sequer sugerir essa imagem.

Ainda assim, realmente grave seria a ofensa aos leitores. Com toda a probabilidade, se me vissem com esse boné teriam a leitura dos meus livros arruinada. Como poderiam aceitar conhecimento ou lirismo vindos de um indivíduo com um boné como aquele? Não podiam. Seria uma incongruência flagrante que, com toda a certeza, destruiria qualquer relevância que pudesse existir nas obras que escrevi e escreverei, seria como uma praga de térmitas.

Os leitores não têm culpa das más escolhas dos escritores e, como tal, não devem pagar por elas. Possuem todo o direito de esperar que os escritores se comportem dentro daquilo que é legítimo e, se decidirem surpreendê-los, o que também é permitido, que o façam de modo aceitável.

Fumar cachimbo, por exemplo. Repare-se que não há qualquer voz de oposição contra escritores que fumem cachimbo, pelo contrário. No caso de estarem em lugares onde seja interdito fumar, podem mesmo raspar aquela cinza preta, sem que ninguém lhes dirija qualquer repreensão. Cada escritor que não fuma cachimbo é um ingrato perante as expectativas que o rodeiam. E o blazer? Que mal tem o blazer? Tomara outras pessoas, noutras áreas de atividade, contarem com essa aceitação para com uma peça que ninguém se preocupa em verificar se está lavada ou não. Aliás, é mesmo desejável que o blazer não esteja lavado. Os leitores têm todo o direito de não imaginar os seus escritores preferidos a fazerem máquinas de roupa, a escolherem o detergente, o amaciador ou a determinarem a temperatura da água. Não faltam opções e regalias ao escritores. São artistas e, se quiserem, podem pentear-se raramente. Dispõem de uma variedade de penteados que, na sua maioria, não estão ao alcance de empregados de escritório ou de funcionários que lidem com o público. Além disso, se forem adeptos do rigor, podem até usar os penteados dos ditos funcionários.
Os escritores não têm razões de queixa. Não faltam roupas e possibilidades ao seu alcance. Com a exceção, claro, daquele boné.
Boné? Eu disse boné? Peço desculpa, enganei-me. Quando disse boné, queria dizer: piercings, tatuagens, responder a questionários de verão, ir a programas televisivos da manhã, folhear revistas cor-de-rosa na bomba de gasolina, ir a festivais de música e cantar em voz alta, ter página no facebook, comer cachorros quentes na roulotte."
José Luís Peixoto, in revista Visão


Magnífico. Adorei

Usemos o nosso BONÉ, sejamos nós próprios, sejamos felizes.

Bjocas,

Floripa Alentejana